A construção do Prédio da Alfândega foi ordenada pelo Imperador Dom Pedro II e pelo Visconde de Rio Branco, Presidente do Tribunal do Tesouro Nacional da Coroa Portuguesa através da Ordem nº 145 do Tesouro Nacional, de 12 de outubro de 1874. A elaboração dos projetos, orçamentos e direção das obras ficaram a cargo do Engenheiro Francisco Nunes de Miranda e para execução da portada principal do edifício foi escolhido o Arquiteto Augusto Landgraf, que na época já havia construído obras importantes como a Igreja da Nossa Senhora da Conceição e do Templo da Loja Maçônica União Constante. As obras iniciaram em 1875. Em junho de 1877 a portada da entrada principal foi colocada no seu lugar e em novembro de 1878 começou-se o levantamento das colunas. Em 1879 a construção foi dada por concluída. Tão logo a inauguração, o telhado do salão de expedientes apresentou problemas de goteiras deixando o belíssimo forro de estuque totalmente deteriorado. Em 22 de agosto de 1880, o forro original foi todo retirado e reconstruído, em madeira com esculturas decorativas, pelo escultor da arte de entalhadura Serafim José Ribeiro e seu irmão Caetano. O prédio da Alfândega é grandioso, em estilo neoclássico, ocupa um quarteirão inteiro. Na sua entrada principal, pela Rua Marechal Floriano, para o pórtico elevado sobre quatro colunas coríntias foi utilizado pela primeira vez mármore brasileiro proveniente da cidade de Caçapava no Rio Grande do Sul. As formas artísticas para o pórtico-monumental, os enfeites e as alegorias para decoração interior do prédio da Alfândega foram todas dadas no mármore pelo escultor francês Bartholomeu Boyer. Há também, do mesmo material, cornija, cimalha, consoles e outras obras escultóricas trabalhadas pelo mesmo escultor francês, até a platibanda em balaustres, culminando tudo em ornamento centralizado pela estilização das armas do Império, ladeado por cabeças de indígenas. Destacam-se no prédio: o sino e o relógios no torreão pela Rua Riachuelo vindos de vapor da Inglaterra em 1877 e funcionando desde 18/09/1878 e as belíssimas cúpulas existente no centro em três faces prédio. O edifício da Alfândega foi tombado em 1967 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e atualmente abriga a Delegacia da Receita Federal do Rio Grande e o Museu Histórico da Cidade do Rio Grande.
RUA RIACHUELO ESQUINA RUA EWBANK |
MIRANTE NO TORREÃO PELA RUA RIACHELO |
VISTA LATERAL PELA RUA ANDRADAS |
PORTA PELA RUA EWBANK |
VISTA DA CÚPULA PELA RUA ANDRADAS |
MAQUINÁRIO DO RELÓGIO NO TORREÃO |
VISTA INTERNA DA CÚPULA DA RUA EWBAK |
VISTA EXTERNA DA CÚPULA DA RUA EWBANK |
ADEREÇOS DE PAÍSES NA CÚPULA DA RUA EWANK |
DECORAÇÃO EM GESSO DO CENTRO DO SALÃO |
ADEREÇO EM GESSO NO FORRO (FILHA DE D.PERO II) |
DETALHE SOBRE AS PORTAS |
PORTA DE SAÍDA PARA O PÁTIO INTERNO |
VISTA DO PÁTIO INTERNO |
EQUIPAMENTO DOS 4 RELÓGIOS DO TORREÃO |
CORREDORES NO INTERIOR DO PRÉDIO |
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